sábado, 9 de agosto de 2014

E porque os TT estão na moda....

E porque os TT estão na moda, vale a pena escrever umas linhas perdidas, sem que o tema seja mesmo específico. Apeteceu-me fazer considerações em torno destas beldades e tendo como base os modelos de que mais gosto. Isto, não implica a questão estética dos mesmos, mas sim, o que me apaixona verdadeiramente nestas máquinas. Isto é o mesmo que dizer, que aprecio as suas enormes características trialeiras. Por essa razão, não me socorro de nenhuma das máquinas da Ninco, incontestados dominadores destas lides sobretudo nas classes T1 e T2, mas considerados por mim velocistas e não verdadeiramente aptos quando a transposição dos obstáculos, é o que está em causa.
 E poderemos começar pelo agora chegado Range Rover e compará-lo com as anteriores produções industriais.
 Um pouco mais estreito, mais comprido e mais alto, poderá à partida encontrar-se numa situação de desvantagem relativamente ao Volkswagen Tourag da SCX. Para além disso, o peso da sua carroçaria em resina relativamente ao plástico, constitui uma desvantagem certa.

 Mas esta reprodução da MSC, encontra um sério rival editado há já alguns anos.
Mestre Espallargas, um artesão espanhol que tem produzido algumas preciosidades em resina e para o slot, um belo Volkswagen Touareg.
 Tirando excelente partido a produção deste modelo por parte da SCX, produziu igualmente em série limitada uma versão inexistente e participante igualmente no Rali Paris-Dakar. Serviu-se no entanto da totalidade da bem concebida mecânica da versão editada pela SCX e equipou assim esta versão.
 Temos então um Volkswagen Touarg em resina, mas dotado de uma mecânica que provou já a sua eficácia enquanto modelo capaz de enfrentar o limite das dificuldades.
 Duas verdadeiras peças de valor de colecção.
 Mas neste panorama, inserirei também o Mitsubishi Pajero igualmente da SCX e cujo conceito mecânico é em tudo igual ao do Touareg e ainda o monstruoso Hummer H1 do extinto fabricante Power Slot. Em falta fica o Hummer H2, igualmente de origem SCX, apenas por não o possuir.
 Mas afinal em que divergem os Touareg e da SCX e o da recriação de Mestre Espallargas?
Se atentarmos na imagem de baixo em que se observa o capôt frontal, a versão em resina perdeu o grande buraco central, mas ganhou uma pequena tomada de ar do lado esquerdo e posicionada sobre a roda.
 Na tampa traseira podem ver-se grelhas de formato triangulares de arejamento para um radiador, inexistentes na versão de plástico.
 Lateralmente a na zona frontal, a saída de ar existente em ambos e posicionada entre a cava da roda e a porta, sofreu também modificação. Deixou de ser uma simples saída de ar ampla, para receber agora quatro lâminas.
 Do lado direito, recebeu o característico respiro do motor, para dessa forma poder passar sobre as zonas alagadas sem que o motor sofra com isso.
 Mas a zona frontal é a que mais surpreende. Além da perda das palas pretas ali existentes, mostra-nos um pormenorizado radiador possível de ser observado através de uma grelha muito bem concebida.
 Também os faróis e o pisca ficaram muito melhor retratados. Mas com isto, o original sistema de iluminação que equipa os SCX, perdeu-se.

 Mas a SCX produziu outra interessante peça capaz das mesmas proezas de que o Volkswagen é capaz. Trata-se do Mitsubishi Pajero.
 Com um ligeiro aumento de altura mas uma traseira significativamente mais baixa, acabam por ser rivais bem equivalentes.

 Mas estes modelos sem que se façam grandes mexidas, podem ser significativamente melhorados. O seu comprido braço que sustenta o patilhão, vem de origem com uma mola extremamente forte, o que faz com que o modelo se empine ao acelerar para vencer as subidas. Com algum trabalho mas muito cuidado, deveremos desmontar este conjunto e retirar parte da força desta mola. Assim, o modelo torna-se muito mais dócil e guiável. Os pneus podem igualmente ser objecto de alteração. Duros e proporcionando pouca tracção, os pneus originais poderão ser substituídos por equivalentes de fabrico Ninco. Mas a MSC comercializa um tipo de pneu substancialmente mais macio e com mais tacos e que após montados nas jantes originais, o conjunto fica com um diâmetro inferior à roda original, o que proporciona um ganho extraordinário já que a altura destes modelos é o verdadeiro handicap dos TT's.
 Poderemos comparar a diferença de alturas entre estes dois Toureg do piloto português Carlos Sousa.
 Poderemos com pouco trabalho, tornar estes modelos verdadeiras máquinas para combater a hegemonia dos modelos da Ninco.

 E o brutal Hummer da Power Slot?
Trata-se de todos, o que ostenta maior potencial. Sim, potencial, já que completamente de série, são modelos para arrancar e dali a nada, termos rodas soltas e sabe-se lá mais o quê!
Equipado com material de fraquíssima qualidade, implica que se altere a quase totalidade do seu equipamento, mas depois de devidamente revisto, estamos perante uma verdadeira besta dos maus terrenos.
 De gigantescas dimensões associadas a uma altura total que se equipara à dos melhores, proporciona-lhe uma inigualável estabilidade neste mundo.



 O seu chassis é também uma belíssima base de trabalho, mas as suspensões, eixos, cremalheira, jantes e pneus, deverão ser objecto de alteração.
 A amplitude do seu braço basculante, é algo que desilude, mas o resto do conjunto acaba por compensar.
 Também o braço do novo Range Rover perde perante o compridíssimo que equipa a última geração da SCX.
E assim se abordou um pouco da actualidade dos modelos dedicados ao mundo dos TT, mas muitas outras novidades estarão para surgir...

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