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terça-feira, 5 de maio de 2020

Algumas parelhas da minha época - Scalextric

 O recomeço da minha actividade nos slot car aconteceu em Braga, impulsionado pela actividade abraçada por "Mestre Bernardino". Quando deparado com a realidade da época para o recomeçar das minhas "corridinhas", as opções por mim tomadas para que me sentisse ao nível dos melhores, aconteciam pela escolha do Alpine Renault 2000 Turbo para as provas em geral e no Ferrari 312 B3 para os campeonatos de Formula 1. Não esquecer, que naquela época, os modelos serviam-nos durante três e quatro épocas, dada a falta de novos modelos verdadeiramente revolucionários, pelo que estes eram aproveitados ao limite.
 De facto, o Alpine Renault foi na década de 70 o melhor modelo Sport Protótipo da Scalextric e foi com ele que iniciei as minha primeiras alegrias através de alguns êxitos naquele saudoso sótão onde as tardes dos sábados se prolongavam até à noite.
 Mas o Ferrari B3 F1 era também um modelo fantástico que acabaria igualmente por me proporcionar alguns dos melhores momentos que por ali passei. Tratavam-se de modelos standard do fabricante Scalextric, equipados com o famoso motor 5001, motores que se prolongavam pela eternidade nas suas características dinâmicas e mesmo depois de uso verdadeiramente intenso e onde as preparações se limitavam á melhor afinação das folgas e no arrumo dos fios eléctricos que por vezes condicionavam o bom desempenho do patilhão. E dada a falta de material suplente que se vivia naquela altura, um dos grandes problemas a resolver nestes carrinhos, era conseguir-se o melhor acerto das palhetas que se apresentavam de uma rigidez verdadeiramente intratável.
 Um pouco mais antigos e anteriores às competições acima descritas, estão este Aston Martin e o Jaguar D, ambos munidos do mesmo motor RX 5001. De bons desempenhos, eram no entanto mais limitados pela opção de pneus muito mais estreitos, mas também pela opção de patilhões ainda na fase de descoberta do melhor formato para o efeito.
 Em baixo percebe-se o quão estreitos eram os pneus, mas também duas fases do desenvolvimento em que se encontravam os patilhões. O Aston Martin (amarelo) insere o mais antigo dos conceitos, apresentando-se o Jaguar (verde) numa fase evolutiva mais recente. Contudo, em ambos os casos este era um acessório que se mantinha fixo.

 E falar dos Mini ou dos 1275 GT "Clubman" é tocar numa das minhas paixões. Se em termos competitivos terão sido modelos de pouco interesse, não deixou de ser um dos modelos mais explorados pela Scalextric em qualquer das suas filiais espalhadas pelo mundo. Mas as últimas evoluções, representam já os fantásticos Mini munidos de palas nas rodas que lhes permitem optar por pneus mais largos, bem como dos próprios eixos.

 O Porsche 917 terá também sido um belo Sport Protótipo recriado pela Scalextric, mas apesar da igual opção de motor relativamente ao Alpine Renault 2000 Turbo, este é largamente batido por apresentar um défice dinâmico significativo, proporcionado tanto pelo seu excessivo peso, como ainda pelas suas cotas. Sendo o Porsche mais estreito e dotado de pneus igualmente mais estreitos, proporcionam ao Alpine Renault uma notória supremacia dinâmica.

 Os Formula 1 também anteriormente haviam sido objecto de atenção por parte da Scalextric. Foram inúmeros os modelos anteriores ao meu regresso às lides. Ferrari Shark Nose, Cooper Climax, BRM e Mc'Laren são alguns exemplos que poderemos focar, havendo alguns casos em que as produções inglesas eram mesmo equipadas com uma motorização de igual conceito, mas capazes de um significativo aumento das suas rotações, a que receberiam a designação de "Race Tuned". E nesses casos, era usual que os modelos pela parte exterior ostentassem justamente um logótipo com essa designação "Race Tuned", mas também faixas brancas e preta na longitudinal. Eram assim, facilmente identificados esses modelos, potenciados por essa motorização mais dinâmica.

 Mc'Laren e BRM F1 acabam por se equiparar em termos de evolução dos modelos, muito embora o BRM usufrua de pneus um pouco mais largos.
 Mecanicamente estamos perante dois modelos equivalentes, equipados com o mesmo motor e patilhão, embora o BRM usufrua de pneus mais largos, o que constitui uma vantagem.

 Também haveriam de ser editados modelos da categoria GT que tanto poderiam ser direccionados para o mundo dos ralis como da velocidade. E se o Porsche 911 RSR chegou a ter o seu lugar dentro dos melhores, com facilidade o Ferrari GTO arrebataria o título de melhor de todos. Foi sem dúvida um modelo excepcional, que chegou a determinada altura a vêr-se ameaçado com a chegada do BMW M1, mas que acabaria por se sobrepor e convencer.


 Mas convém referir que entre estes dois modelos existe já a diferença de motores, onde o Ferrari vem já equipado com o motor de caixa. Mas enquanto o Porsche sofreria uma evolução que o levava a ver-se equipado também com esse mesmo motor e ainda com o novo patilhão, o Ferrari só existe com esta especificação.

 Um pouco mais antigos são o Ford GT40 e o Chaparral 2E. Tiveram também a sua época dentro dos Sport Protótipos onde na época eram tidos como os melhores.

 Mas quando me reiniciei nos Formula 1, um dos sérios adversários do Ferrari B3 era o tão conhecido "Tyrrell  de 6 rodas". Igualmente dotado de interessante dinâmica, representava o principal rival do carro italiano.
 Se ao nível dos motores a diferença não se fazia, era dada como vantagem no modelo Ferrari, a utilização do patilhão de conceito mais antigo. Mas a verdade é que a evolução do patilhão do Tyrrel foi considerada pelo fabricante para se manter nas unidades e criações seguintes.

 Outros modelo da mesma época foram o Brabham e o Lotus 79 aqui mostrados e ainda o Ligier, mas em nenhum dos casos acabaria por se ver potencial para anular a eficácia do velhinho Ferrari
 Optavam igualmente pelo motor 5001 e pelo novo patilhão, igual ao do Tyrrell.

 Muito recentemente algumas destas criações acabariam por receber reedições. Em edições da "Altaya", o material passou a ser de outra qualidade, bem como os motores que passaram já a ser de caixa fechada. A sua côr passou a ser dada por tinta e não pela próprio plástico em que eram injectados. Outros requintes seriam acrescentado ao nível de pintura de pormenores, bem como da própria decoração, assim como a qualidade e desenho dos pneus que passou a ser substancialmente diferente.

 Singular foi a edição dos modelos "Dragster". Não passaria da produção de dois modelos apenas, um Ford Mustang e um Chevrolet Corvette. Na verdade não fazia qualquer sentido a criação destes modelos, por representarem provas de arranque em que se desenrolam apenas em linha recta.
 Mas na verdade, a intenção dos criadores de modelos de slot car e dos próprios circuitos por eles comercializados, é despertar o interesse pelas provas em circuito fechado, o que na verdade não se adequa em nada a estes modelos pela sua própria natureza, modelos altos e compridos, pouco capazes de se debaterem em confrontos desse tipo, em circuitos de curvas e contracurvas.
 Mas hoje, tê-los, acaba por ser gratificante pelo registo desta categoria no nosso mundo dos slot car. Quanto aos motores, a continuidade na aposta do fantástico e histórico 5001.

 O Sigma acabou por ser outra carta fora do baralho, isto porque não terá qualquer enquadramento. Tendo-se tratado de um arrojado projecto de F1 equipado de motor Ferrari, acabaria por não passar da versão de apresentação. E por isso, também aqui haverá alguma dificuldade em poder ser encaixado nalguma categoria.
 Em termos mecânicos, conserva a política da grande maioria dos modelos aqui mostrados, mas em termos dinâmicos, trata-se de um modelo bastante equilibrado, apesar do inconveniente peso que apresenta.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Jaguar D 1957 - Scalextric / Superslot

A Superslot acaba de editar a segunda versão do Jaguar D vencedor em Le Mans. Depois da edição vencedora de 1955, chega-nos agora a versão vencedora de 1957, ficando a faltar a versão de 1956 que completou a tripla de vitórias consecutivas em Le Mans para o modelo D desta marca. Em termos de carroçaria, a versão agora chegada e a de 1956, acabam por ser quase iguais, mas a versão em falta apresenta uma frente ligeiramente mais curta, diferença que se faz notar mais ao nível dos seus faróis.
Embora se estranhe a cor azul, na verdade corresponde à realidade, pois já na anterior edição de Le Mans, também a versão vencedora era azul metalizada.
Extraordinariamente belo, será muito fácil que estes modelos venham a ocupar lugares de relevo em estantes de coleccionadores, já que em termos dinâmicos não se lhes reconhecem performances de gabarito que os transformem em vedetas dos plásticos de competição.
O requintado cuidado nos acabamentos que este fabricante deposita nas suas criações, encontra-se latente também nesta peça. Saliente-se no entanto, que a habitual fuga aos cromados por parte deste fabricante nas suas últimas realizações, não condiciona de modo algum o interesse por este modelo, já que eram muito poucos os elementos que na realidade ornamentavam este Jaguar na distinta coloração cromada.
Na escala 1/43, são muitas as estantes em que este modelo se encontra representado, sobretudo nas dedicadas a vencedores da mítica prova francesa.
Na imagem de baixo, podem ser vistas partes das versões de 1955 e 1957 e na totalidade a de 1956, aquela que fica a faltar.
Como achega, de salientar que as versões XK 120 C da Jaguar e que saíram também vencedores em 1951 e 1953, foram já editados pelo fabricante Auto Art.

1957


1956


1955


1953


1951