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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Porsche 914 - KilSlot VS Olifer

 A Slot Racing Company (SRC) alinhou actualmente numa inteligente estratégia comercial. A partir de modelos que fazem parte da sua linha de referências correntes, apostou na venda dos mesmos, em duas formas de kit. Uma, em que se torna possível a totalidade da montagem dos mesmos e outra, em que a carroçaria se faz apenas acompanhar dos vidros, faróis e stop's e ainda alguns acessóriso, como fechos das portas, limpa-pára-brisas e fechos do capôt frontal. Mas isto não é linear, pois para além de se servirem de carroçarias que por qualquer razão foram consideradas em não conformidade com o perfeito, também os conjuntos de elementos de que os mesmos se deveriam fazer acompanhar, resultam quase na totalidade dos casos, em falta de um ou outro elemento.
A imagem de cima mostra dois modelos montados a partir de Kit's completos e em que no caso do modelo verde falta o tampão de gasolina que se deveria situar sob o capôt frontal e no modelo laranja, os fechos de segurança do mesmo capôt, não vieram. Mas mostra também um terceiro 914/6 da série mais simplificada. Não existem interiores, nem chassis, nem mecânica.. Mas para a intenção de que irá servir, está perfeito, já que um interior em lexan é tudo quanto se deseja e a mecânica, será a escolhida a partir de um teste que aqui se descreverá.
Actualmente temos vários fabricantes de chassis 3D capazes de potenciar alguns dos modelos que existem no mercado e que de oura forma, não passariam nunca de verdadeiros monos. E poara este modelo da SRC, iremos servir-nos de um chassis da KilSlot e outro nacional, da Olifer. Estamos em crer, que em qualquer dos casos, estes interessantes Porsche 914/6 sairão verdadeiramente beneficiados.
 Na carroçaria verde, apostou-se no chassis Olifer, um chassis algo flexível e que admite mecânica independente do mesmo.Embora este fabricante disponha já de berços de motor próprios, neste caso servimo-nos de um berço de desempenho comprovado da Slot.It. Existe um pequeno constrangimento, já que a sua montagem exige que de um dos lados se corte o excesso de plástico, para que possa assim entrar no rectângulo perfeito que existe para o efeito. A Slot.It no entanto, brevemente começará a editar berços que ali caberão na perfeição, uma vez que o fizeram equipar no novíssimo Alfa Romeo 155 DTM. No entanto, com algum trabalho consegue-se fazer essa pequena transformação nos actuais berços. A Olifer prometeu também vir a comercializar um interior em lexan, específico para este modelo, o que será certamente do agrado de muitos.
E montado o chassis com berço Slot.It e patilhão do mesmo fabricante, jantes pequenas do Ferrari 312 PB à frente e dos modelos clássicos atrás mas ainda sem o dito interior, lá levamos o novo brinquedo para a pista. Servimo-nos para o teste comparativo entre ambos os chassis, da pista de fabrico Ninco com carácter permanente existente no GT Team Slot Clube, em Braga. E com o modelo com as especificações mencionadas e sem basculação entre a carroçaria e o chassis, no primeiro turno de 10 minutos, o cronómetro registaria como melhor volta, 11,94". Ficava no entanto a nota, de que existiu um excesso de indesejados despistes .

Repetia-se a experiência, mas agora servindo-nos do chassis KilSlot. Para além de registar um pêso superior, é também um chassis extremamente rígido. Aqui a opção do patilhão recaía num de fabrico Scaleauto por nos parecer o que melhor se adaptava a este chassis. E porque já havíamos conduzido o outro, a primeira constactação, é de que este tinha muito menos tracção o que lhe conferia uma traseira extremamente solta, muito embora denotasse uma agradável sensação de segurança. No entanto, os registos do cronómetro eram incrivelmente piores. Ao fim de 10 minutos a batalhar, os tempos não surgiam e registava-se como melhor volta, 12,43".
Era então tempo de começar a mexer em cada um deles, para tentar melhorar o seu comportamento e consequentemente os registos do cronómetro.

 A primeira opção recaíu em desapertar os parafusos que ajustam a carroçaria ao chassis, em cada um deles.Mais um turno de 10 minutos com o chassis Olifer e o melhor registo baixou para 11,86", mas sobretudo a agradabilidade de condução foi o que mais sobressaíu. Os despistes práticamente desapareceram, o que era nesta fase a coisa mais importante.

Repetia-se o mesmo na versão laranja, tendo também este melhorado ao nível da sua tracção e segurança, tendo no mesmo período de tempo a rodar, baixado para os 12,24". Era no entanto, por comparação com o seu rival, desapontante a diferença dos tempos entre eles.

Era então importante continuar a mexer em cada um deles, mas sobretudo no modelo laranja, equipado com o chassis KilSlot. Mas a verdade é que o potencial de desenvolvimento da versão Oliver é bem maior, pois ainda não se tinha começado a trabalhar na afinação do berço do motor. O outro fica automáticamente limitado , por não ter sequer a opção de afinação do berço, simplesmente porque ele não existe.
Começou então o apuro na afinação do berço no chassis Olifer. E como não se encontrava equipado com suspensões, conforme se vai desapertando aquele nos parafusos traseiros, resulta num abaixamento da carroçaria relativamente à pista, ou seja, baixa-se o seu centro de gravidade com os consequentes benefícios que daí advêm.
Na versão laranja, aprimorava-se apenas mais ainda, a excelência da basculação do casamento carroçaria/chassis.

914 verde em pista e era notória a melhoria da estabilidade que este ganhara. Começava agora a perceber-se que se deveria partir para outro patamar, ou seja, melhorar a relação pinhão/cremalheira. Mas para que não se mudassem as regras do jogo, esta iria manter-se até ao fim do teste. E como melhor registo, surgia um promissor 11,72"

Os acertos introduzidos no conjunto associado da KilSlot faziam-se igualmente notar, sobretudo num maior agarre da traseira mas também maior eficácia geral nas curvas. Os tempos baixaram também, mas os 12,19" deixavam ainda um amargo de boca, uma vez que a meta dos 11" não era ainda atingida.

O trabalho que parecia encontrar-se no fim do desenvolvimento em cada um deles, era ainda revisto. E enquanto na versão verde se percebia que quanto mais se soltava a carroçaria do chassis, mais o modelo ía melhorando, no modelo laranja, era importante aliviar muito pouco a frente e mais a traseira. E era aí que se dava mais um pequeno toque de aperfeiçoamento.

 O Porsche verde melhorava para uns agradáveis 11,63", o que começa a ser bastante animador, mas que começa também a ser difícil baixar, pois dá para perceber que só partindo para outros campos, será possível uma melhoria da sua optimização.

 12,09" acabaria por ser o melhor registo do Porsche laranja, num forcing na tentativa ainda inglória de se atingir os 11". Mas daqui não será possível espremer muito mais, para além de uma melhor escolha da relação entre pinhão/cremalheira.

Será possível chegar-se a outro desfecho, caso se tratasse de uma pista de fabrico Carrera, onde os chassis rígidos funcionam melhor. Pode ser que nessas circunstâncias até se equiparem ou que até o chassis KilSlot se superiorize, mas neste caso, ficou claro que o chassis da Olifer é francamente mais rápido, mais seguro e até mais agradável.

E após o teste e numa prova dos nove, tornei a rodar com Porsche verde e em apenas 5 voltas, surgia um tempo próximo do melhor registo conseguido durante estes testes, o que bem demonstra a superioridade do chassis de fabrico português e que este, ao que parece, se encontra no bom caminho.

 A minha escolha está feita e desta forma, vou começar a desenvolver mais sériamente um dos modelos que a mim sempre me agradou muito. Permito-me assim, poder desfrutar de uma bela máquina, ao mesmo tempo que o meu ego se vai maravilhando.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Comparativo chassis 3D - Olifer VS KilSlot - Ford Sierra Ninco

Cremos não haver dúvidas de que a tecnologia 3D entrou definitivamente no mundo dos Slot Cars. Acabam por ser potencialmente uma mais valia, permitindo promover modelos até então dados como verdadeiros monos no capítulo da competição.
E porque dois fabricantes apostaram na criação de chassis segundo esta tecnologia para o mesmo modelo, achamos conveniente e interessante trazer aos nossos seguidores um comparativo demonstrativo da real mais valia que esta modernidade nos pode trazer.
Olifer, um fabricante nacional com origem na cidade do Porto e KilSlot, de origem espanhola da zona de Vigo, serão os fabricantes em questão para um pequeno teste demonstrativo das potencialidades de cada um deles. E de imediato, são vários os factores distintivos entre ambos. De côr cinza claro a versão KilSlot e a preto, a da Olifer. Abordamos aqui as côres como forma do leitor fazer uma melhor leitura das imagens, uma vez que em qualquer dos fabricantes, os mesmos poderão ser produzidos em várias côres. E no caso, a versão da Olifer que fará o teste dinâmico, surgirá na côr laranja.
E antes de qualquer considerando técnico, deveremos adiantar que o chassis da Olifer foi pensado para servir tanto o Ford Sierra da Ninco, como do BMW M3da Fly, uma polivalência que lhe poderá dar alguns pontos extra, no caso de alguma indecisão no acto da opção de compra, já que a versão da KilSlot encontra a sua exclusividade na versão espanhola do Ford Sierra.
De imediato percebe-se que enquanto a versão portuguesa aposta na possibilidade de montagem de uma bancada Slot.It, o modelo espanhol monta directamente sobre si, o motor. Parece-nos de clara vantagem a aposta num sistema comprovadíssimo e que admite ainda a montagem de suspensão, situação perfeitamente impossível no chassis cinzento.
No primeiro contacto manual, percebe-se imediatamente a muito maior rigidez da versão da KilSlot. Muito mais flexível a interpretação nacioanl, leva-nos a suspeitar de que deverá tratar-se de um chassis que funcionará muito bem em pistas da Ninco e que, por oposição, o chassis espanhol possa vir a ser superior nas pistas Carrera.

 A tecnologia de impressão em que aposta cada um dos fabricantes, é diferente, percebendo-se isso no acabamento visual apresentado por cada um. A imagem de cima mostra-nos uma impressão por fio de plástico e um resultado muito tosco no acabamento da peça. Já a imagem de baixo mostra-nos a impressão por pó e um acabamento da sua superfície ligeiramente áspera mas de um refinamento incomparável.

 O suporte do eixo da frente admite em ambos os casos afinação do eixo em altura, mas enquanto o chassis KilSlot faz correr o eixo sobre a ranhura existente para o efeito e os parafusos desalinhados fazem o ajuste de subida e descida do eixo, como mais usualmente se verifica, no da Olifer, consegue-se encaixar os bronzes esféricos de origem Slot.It e o acerto da sua altura faz-se pelos parafusos alinhado na vertical e sobre os próprios bronzes. Dessa forma, o eixo não ficará nunca trancado pelos próprios parafusos que servem de acerto do eixo em altura.

 O suporte dos patilhões foi projectado para patilhões diferentes e uma vez mais o modelo da Olifer permite o acessório da Slot.It de clipe enquanto na versão KilSlot terá que se recorrer aos patilhões Scaleauto, de espigão comprido para se cortar à medida e de fixação por parafuso.

 Com 16,1g, o chassis cinzento fica também a perder, frente aos 6,1g do chassis própriamente dito mais as 5,2g da bancada Slot.It, o que perfaz um total de 11,3g, no caso da Olifer.
Em relação à montagem da bancada do motor no chassis da Olifer, este acto não será pacífico, na medida em que as bancadas contemplam de um dos lados uma palheta/barbatana que sobressai da mesma. Para que se torna possível a sua montagem, há pois necessidade de se lhe retirar esse apêndice, sendo só depois possível a realização dessa operação.


 Já o chassis KilSlot obriga à fixação do motor através de dois parfusos, o que torna o conjunto ainda mais rígido. Menos conseguido está o sistema de fixação dos bronzes do eixo posterior. Não estando o sistema mal pensado, já que os mesmos entram livremente por cima ficando trancados através de um travessão que se fixa ao chassis por dois parafusos também, a verdade é que a sua fixação que não é perfeita, acaba por deixar os bronzes com uma folga ainda considerável. Isso obrigará a que cada um arranje uma solução como forma de a anular, através de cola ou por intermédio de um qualquer tipo de calço.
Optou-se para este teste, poupar ao máximo a originalidade do modelo e para isso, fez-se questão em manter também o seu habitáculo. Mas não houve outra forma, senão recorrer-se aos motores Flat, no caso, também do fabricante Slot.I. No entanto para este teste, uma das versões de 20.000 rpm é aberta e a outra fechada, o que fará certamente alguma diferença mas as indicações retiradas serão indicativas do desempenho de caca um deles, ainda que o melhor tempo registado possa não ser o factôr de capital importância.

                          O teste em pista                          

O teste foi efectuado no traçado permanente de fabrico Ninco, existente no GT Team Slot Clube.
Devidamente lubrificadas as mecânicas complementadas com pinhão e cremalheira iguais em fabricante e em número de dentes e calçados nas jantes da frente com capinhas da Scaleauto e atrás com pneus Spirit/Scaleauto, ambos montados em jantes de origem Slot.It, sendo de pressão e de plástico à frente e de aperto atrás, coube em sorte a primeira saída para a pista, ao chassis da Olifer. Note-se que neste chassis, tirou-se partido das suas potencialidades e montou-se suspensões magnéticas de ímanes pequenos, do mesmo fabricante da bancada do motor.

Sensações:                                                             
O Sierra mostrou-se com as especificações anunciadas no chassis da Olifer, detentor de algum mau génio. O seu comportamento suave tropeça nalgumas saídas um pouco inexplicáveis quando se tenta retardar ao máximo a zona de travagem. Mostra nestas situações, alguma tendência para capotar, muito embora a agradabilidade das suspensões o façam parecer mais domesticável do que na verdade acaba por ser. De resto, mostrou boa capacidade de aceleração, mas não permite que se ganhe confiança no seu dinamismo.

Trocada a carroçaria para o chassis da KilSlot, algumas vibrações estridentes, levam de imediato a alguma falta de confiança, mas à medida que continuamos a rolar, percebemos a sua honestidade, o que nos motiva a aumentar a toada de andamento. Vai-se naturalmente percebendo que se trata de um chassis que admite até alguns exageros. Incompreensivelmente, começamos a perceber que acreditamos mais neste do que no seu rival.

Custos                                                                     
Os custos são um factor importante na hora de fazer opções e temos então dois custos associados à produção da Olifer, isto é, 16,42€ pelo chassis própriamente dito, acrescido de 8€, que será o custo da bancad da Slot.It, o que perfaz um total de 24,42€. Trata-se de um valôr muitíssimo elevado quando comparado com o do rival, que custa o mesmo que a bancada para o chassis Olifer, ou seja, 8€. Um diferencial de 16,42€, poderá ser a chave da opção para muito gente.

Conclusão                                                              
Apesar do grau de confiança indicar que a melhor opção será o chassis espanhol, a verdade é que o cronómetro regista uma enorme diferença, favorável ao chassis da Olifer.
Acreditamos que muito haverá a explorar e que o chassis português possa vir a a melhorar substancialmente as suas performances, ao passo que a versão de nuestros hermanos pouco mais terá a dar, já que ao nível de afinações pouco mais admite.
Referir também que os resultados em pista Carrera poderão demonstrar outros resultados e por essa razão, se o leitor se servir desta leitura para fazer a sua opção de compra, deverá salvaguardar essa questão, que não será também tão linear assim, relativamente aos resultados em pistas Carrera. Tivemos já oportunidade de experimentar o chassis nacional nesse tipo de pista e com surpreendente resultado positivo. O que não chegamos a experimentar, foi o seu rival nessas mesmas condições, ficando assim a incógnita quanto à sua valia.



A reter                                                                    
O Ford Sierra da Ninco na sua forma original em que lhe foi apenas retirado o imane, foi igualmente para a pista. Falta de material calibrado e jantes altamente empenadas, são aspectos que não é possível disfarçar, nem com a existência dos amortecedores que o equipam de série.. Muito difícil de controlar e onde não é possível evitar uma infinidade de saídas associado a alguma falta de velocidade, fizeram com que o melhor registo tivesse ficado muito longe dos registos conseguidos pelos chassis produzidos pela revolucionária técnica de impressão 3D.
Não há então dúvidas, quanto à validade na aposta desta nova tecnologia para potenciar modelos de diversas categorias. Os custos que acarretam, poderão ser um factor decisivo, mas, atendendo a que, no caso da aposta no chassis da Olifer, quase todos os praticantes têm já bancadas Slot.It, a diferença entre os dois chassis 3D ficar-se-à apenas pelo diferencial de preço entre os chassis própriamente dito. Agora, as opções serão mesmo suas......