quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Bela reprodução

E se uns há que falham redondamente, outros existem que nos proporcionam excelência.
Assim acontece com outro 550, agora numa produção da Revell.
O modelo que protagonizou a histórica peripécia que foi a passagem inextremis pelas barreiras duma passagem de nível, onde piloto e co-piloto tiveram que se baixar dentro do carro para não serem decapitados pela barreira, na edição de 1954 da também famosa prova, "Mille Miglia", foi objecto de atenção por parte deste fabricante.
Com base no 550 da Porsche, surge esta versão muito bem conseguida, numa reprodução deste histórico modelo da marca alemã.
Na traseira deste 550, um distinto grupo óptico a marcar a diferença relativamente ao modelo editado pela Ninco, mas com a ressalva de que apresenta uma excelente reprodução, à semelhança do que acontece também na zona frontal do mesmo modelo.
Assim sim, um excelente trabalho a comemorar esta participação.

Parabéns Revell, que assim conseguem mostrar como se deve fazer, quando existe seriedade naquilo que fazemos.
Com a mesma base, ainda reproduziu este fabricante o mesmo modelo participante em Le Mans.

Perfeitos disparates - Porsche 550

Esta é uma das interessantes edições da Ninco.
Pena, a pouca correspondência entre a edição à escala e a realidade.
 Este automóvel participou na 5ª edição da mítica "Carrera Panamericana", em 1954. Trata-se de uma das versões do 550 da Porsche, numa das suas várias versões, no caso, um 550-1500 RS Spyder, um 1500 de 110cv às 6200 rpm e um peso de 590 Kg, capaz de atinguir a incrível velocidade de 220 K/h.
 Se ao nível da frente os defeitos ou as diferenças até pudesse passar despercebido aos menos atentos, onde por exemplo a posição dos faróis é muito mais vertical do que aquilo que nos surge na réplica, ou a colocação dos piscas que nada têm a ver com a realidade, ou a inexistência das tomadas de ar para os travões, ou um capôt da frente que deveria prolongar-se até à tomada de ar do radiador, ou .......


 ...... na sua traseira, entre uma coisa e a outra, vão se lá descobrir as semelhanças....
Uma traseira onde as extremidades dos guarda-lama surgem muito mergulhantes no mini-modelo, subverte na totalidade a semelhança com o original modelo. Aqui surge a representação da comum carroçaria do 550 alemão, mas o modelo participante na famosa corrida era muito diferente. Desaparecem os pilotos redondos traseiros, para dar lugar a dois rectangulares de cada lado, acima da matrícula existem duas grelhas simétricas e as duas mais acima encontram-se integradas num pequeno capôt-motor, independente da totalidade do capôt traseiro, como acontece na representação da Ninco. As grelhas existentes lateralmente e  de acordo com o inicial 550, não têm lugar.
 Enfim, mais uma das indesejadas reproduções, que nunca deveriam ter tido lugar em catálogos de fabricantes.
 Bonito e inicialmente interessante, acaba por tornar-se mais um Flop do nosso mundo dos carrinhos de pista.......

Um Speedster do coração

 A Ninco editou à já alguns anos um curioso Speedster, a versão racing cabriolet do convencional 356-A da marca Porsche. Atribuiu-lhe a referência 50237.
 Nesta sua versão civil, a única de que tenho conhecimento, a curiosidade provém uma vez mais da matrícula.
 Felizmente esta e neste caso, não arrasta atrás de si qualquer tipo de depreciação, bem pelo contrário, deixa-nos um certo orgulho, pois afinal trata-se de uma identificação bem nacional.
 Uma matrícula portuguesa num modelo civil, não deixa de ser uma curiosidade engraçada .....

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Uma obra de arte, .... desvalorizada...

A Audi veio revolucionar o Mundial de Ralis, com a introdução do seu "Tank" Audi Quattro.
A este modelo se deve o declíneo de fantásticos modelos que militavam nesse mesmo campeonato, como são os casos do Renault 5 Turbo e o Lancia 037. Todas as tecnologias até então exploradas pela concorrência caíram por terra, através do novo conceito introduzido pela Audi e que consistia na introdução da tracção integral associada a uma extraordinária potência que o seu fantástico motor debitava.



 Por intermédio do fabricante Fly, tivemos o privilégio de poder usufruir dessa extraordinária réplica para o nosso hobby.
No caso, o modelo conduzido por Hannu Mikola e secundado por Arne Hertz no rali dos 1000 Lagos.
De soberba maqueta, acaba por surpreender pelo todo.
Tendo o fabricante recorrido a um posicionamento central do seu motor de caixa curta e em posição longitudinal e recorrendo ao acrescento do veio para a frente através de mola, conseguiram criar sem grande custo a respectiva tracção ao eixo anterior, dotando-o assim à característica tracção total, à imagem do modelo inspirador.
No seu interior, um detalhe impressionante apesar da colocação do motor eléctrico. Mesmo depois do modelo desmontado, custa perceber como foi possível a criação detalhada de todo o conjunto.
Alguns pormenores não são de estranhar neste fabricante, mas fica a certeza de que a adaptação de todos os pormenores, é mesmo obra de grande engenharia.
Como se não bastasse, proporcionam-nos ainda a existência de um patilhão basculante, em mais uma prova de grande empenho e desenvolvimento desta autêntica preciosidade.
E se quanto à criação de um extraordinário modelo de colecção estamos conversados, já no capítulo da funcionalidade para que é destinado, talvez tenha marcado em absoluto o seu descalabro o fraco desempenho definido pelos materiais de que foi equipado. Pinhões de plástico e um conjunto sem flexibilidade ao nível dos eixos, talvez tenha marcado o abandono por parte dos praticantes.
E num modelo que parecia ter tudo para o êxito, surge um modelo de todo, desvalorizado.....

M3 - E30 - Autoart

Depois do artigo aqui postado e que versava os "M3 no Slot", eis que através do nosso praticante Pedro Correia, nos chega a notícia de que também a "Autoart" deitou mãos-à-obra e reproduziu este belo exemplar do E30 do M3.

Que dizer?
Parece simplesmente fantástico.
 Estará ao nível do Fly?
Talvez em alguns aspectos até o supere e onde não restarão grandes dúvidas, será no capítulo dinâmico.

Trata-se do modelo de 1991 guiado por J. Cecotto e....... estou ansioso pela sua chegada.....

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Primeiro Teste - Armindo Araújo

Armindo Araújo: "O MINI tem bom potencial"

Armindo Araújo já deu por concluído o seu primeiro teste com a Prodrive onde teve a oportunidade de guiar pela primeira vez o MINI Countryman WRC que será o seu 'cavalo de batalha' este ano no Mundial de Ralis.

Depois duma manhã onde começou por se inteirar com o método de trabalho da Prodrive e se familiarizar com os elementos da equipa, o Bicampeão Mundial de Produção andou ao lado do piloto oficial da equipa, Kris Meeke, percebendo, desde logo, "que o carro tem um bom potencial e que o piloto inglês já está muito à vontade com a sua condução".


Da parte da tarde, Armindo Araújo sentou-se pela primeira vez ao volante do Countryman acabando por realizar cerca de 60 quilómetros, sempre em pisos de terra, ficando bastante impressionando com as características do carro preparado pela Prodrive: "foi uma jornada muito positiva, dando para perceber que o MINI tem um chassis muito neutro e um comportamento muito previsível, sendo até fácil de guiar. Claro que o salto em relação ao meu antigo carro é muito grande, sobretudo, porque o MINI pode passar mais depressa por alguns sítios onde o anterior me obrigava a levantar o pé", começou por explicar.



Para além disso, "não puxei demasiado pelo carro e andei apenas ao ritmo necessário para perceber as suas reações, mas, sinceramente, fiquei satisfeito com o que encontrei, mesmo se se nota que faltam ainda testes para que o carro possa resolver alguns pequenos problemas de juventude que ainda denota", revelou o piloto. Em resumo, "não se pode dizer que este MINI tenha muitos pontos fracos, apenas pequenas arestas que precisam de ser limadas. Coisas pequenas, como por exemplo, um melhor isolamento nas proteções para os radiadores, mas que, sem dúvida, não põem em causa o bom trabalho que os técnicos da Prodrive têm desenvolvido".


O próximo teste ao volante do Countryman ficou agora agendado para Espanha, onde Armindo Araújo se deverá voltar a juntar à equipa oficial, mas ainda sem data concreta.

ÚLTIMA HORA
Armindo Araújo de Mini, no Rali Torrié!
Armindo Araújo vai conduzir, pela primeira vez numa prova de estrada, o novo Mini Countryman, ao participar como carro 0, no Rali Torrié.

Vamos começar o massacre aos fabricantes??

Os M3 no Slot

Inegavelmente, a BMW encontra-se associada ao desporto automóvel de alto nível, há já alguns anos.
E esta marca, através da bem nascida série M, agregada à sua mais popular série, a série 3, tem criado à algumas décadas uma invejável mais valia no desporto automóvel.
Os criadores de modelos à escala não ficaram indiferentes a este êxito tendo sido a aposta generalizada, passando também a fazer parte integrante das produções de Slot.

 E o primeiro de todos os M3, aquele que a mim mais me marcou, foi inicialmente reproduzido pela Scalextric / SCX, numa reprodução que muito nos agradou. Felizmente, uns bons anos mais tarde e através da Fly, surgiu uma soberba reprodução dessa mesma série.
 Com uma maqueta verdadeiramente surpreendente, reproduz ainda um habitáculo deveras detalhado, a fazer certamente inveja a muitos modelos estáticos.
 O modelo que se lhe seguiu, foi igualmente alvo de produção por parte de dois fabricantes, a Ninco e igualmente a Fly. Muito próximos em termos de maqueta, tornar-se-ia até algo complicada a escolha, caso contasse apenas o parâmetro estético.
No entanto, enquanto a Fly continua a primar pelo elevado sentido de requinte com que nos brinda na generalidade dos seus modelos, a Ninco opta antes por uma aposta na qualidade dinâmica.
 Contudo, em ambos os casos estamos perante dois interessantes trabalhos.
 A série seguinte, baseada numa evolução sobre a mesma série de carroçaria, resultou apenas na aposta de um outro fabricante, a Auto Art.
 Igualmente extraordinário, bem reproduzido e muito proporcionado ao nível dos rodados, deixa-nos muito pouca margem de crítica.

 A última série deste modelo e que se encontra actualmente em actividade, teve dois novos apostadores na sua produção comercial.
 Desta vez, o confronto surge entre o gigante Carrera e a SCX.
E não deixam os dois de apresentar os seus válidos argumentos, se bem que em análise por mim feita, a opção recaia sobre o modelo espanhol. De muito melhor reprodução ao nível das jantes, o modelo da Carrera deixa-se ficar para trás numa infinidade de pequenos detalhes onde o SCX consegue mesmo brilhar.
 No entanto, o importante é termos conseguido reunir a família na sua vertente evolutiva destas preciosidades alemãs, no nosso pequeno território, o do Slot.