terça-feira, 17 de junho de 2014

Só falta o vencedor de 2014

Le Mans é para mim o ícone maior do desporto automóvel. Por isso, no campo do coleccionismo tornou-se a maior das fontes inspiradoras no preenchimento de estantes. De entre outras temáticas, os vencedores desta clássica são merecedores a par da temática "Porsche", do maior relevo.
O início deste século tem premiado a Audi como a marca que mais triunfos tem arrebatado. E claro, estes acabam por fazer parte da histórica sequência que vai escrevendo a lista dos vencedores e acrescentando modelito a modelito, uma linda história que se escreve também em imagens de estantes. E dos Audi, acaba por me faltar apenas um, justamente aquele que à dias conseguiu engrossar a lista dos consagrados em Le Mans.
 Iniciando-se na clássica em 1999, não haveria de ganhar na sua estreia, mas serviu de trampolim para no ano seguinte a marca germânica começar uma meteórica galopada apenas interrompida no ano de 2003 quando a marca satélite Bentley venceu e em 2009 onde a Peugeot conseguiu interromper a extraordinária hegemonia imposta por este fabricante até aos nossos dias.
 Felizmente os fabricantes de miniaturas à escala 1/43 vão-nos permitindo a custos que poderemos considerar acessíveis, engrossar em nossas casas estes feitos.
 Em cima vemos os três Audi de 2000, 2001 e 2002, seguindo-se-lhes o lindíssimo Bentley Speed Eight de 2003 e os modelos privados de 2004 e 2005, surgindo depois o de 2006, mas novamente oficial. Este último substitui a designação até então de R8, pela sigla R10 TDI. A versão de 2006 representa o primeiro êxito conseguido por uma motorização Diesel nesta prova. Desde então, a Audi tem apostado consecutivamente neste tipo de motorização para enfrentar esta maratona de 24 Horas que se repete anualmente.
 Em 2007 (em cima) e 2008 (em baixo) o mesmo modelo repete a proeza.
 2009 vê consagrar a insistência da Peugeot, mas no ano seguinte, em 2010, a Audi recomeça os seus êxitos, através de um modelo de linhas consideravelmente distintas dos seus antecessores. Recebeu agora a designação de R15 TDI Plus (em baixo).

 Pela primeira vez, em 2011 (imagem de cima) a Audi participa com um protótipo fechado. Exceptua-se o ano de estreia em 1999, em que esta marca participou com dois projectos distintos, um aberto de sua autoria e um fechado, numa encomenda a uma empresa inglesa (imagem de baixo, os dois primeiros no canto inferior direito). Os quatro modelos participantes nesse ano, acabariam por desistir.
A sua designação mudou novamente, tendo-se chamado agora R18 TDI. Esta versão e esta participação vencedora, foi também recriada para o mundo dos slot car, através do fabricante italiano Slot.It. Referir que outros fabricantes de modelos de slot como a NSR , a Carrera, a Ninco e a Le Mans Miniatures o fez igualmente, mas este último em produções de resina. Por essa razão mais pesado e consequentemente, menos competitivo. A reprodução italiana integra-se na linha de modelos editados pela Slot.It dentro da sua série dedicada aos vencedores de Le Mans, o que proporciona que o mesmo tenha sido editado numa embalagem de cartão distinta das da série corrente que são em plástico.
Depois de revolucionar o meio competitivo com a estreia dos motores Diesel, 2012 vê esta marca a impôr nova tecnologia nesta clássica. A introdução da tecnologia híbrida e com o recurso às quatro rodas motrizes. Nova aposta ganha, apesar do enorme risco da estreia desta nova tecnologia no desporto automóvel mundial. A designação agora passou a ser R18 TDI e-Tron Quattro Hybrid (imagem de baixo).
 2013 consagrou novamente este mesmo modelo e esta mesma tecnologia, numa versão com bastantes semelhanças com a do ano anterior (em baixo). Devo confessar que estas duas últimas versões, considero-as de linhas um pouco mais ao meu gosto, pois a primeira das versões capotadas da Audi, era-me de difícil degustação.
A Slot.It tem prometido hà já algum tempo esta mesma versão, igualmente fazendo parte da galeria dos vencedores de Le Mans e com a novidade de vir, à semelhança do modelo real, equipado com tracção às quatro. A parte híbrida não, mas em termos motrizes, proporcionar-se -à algo diferente do habitual neste mundo da velocidade à escala 1/32.
Agora falta o recente vencedor de Le Mans, algo que demorará ainda alguns meses até se poder contar com ele nas bancas de aquisição.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

BMW M1 Gr 5, mais um da Sideways

 A Sideways continua a sua linha de produção, não parecendo ressentir-se dos sinais de crise económica que têm abalado o mercado dos slot car. E dando continuidade às suas criações orientadas para os históricos e estrondosos modelo do Grupo 5, eis que nos chega o terceiro BMW M1, a engrossar uma já extensa lista de belas máquinas que nos preenchem o ego.
Trata-se do terceiro modelo BMW M1, mas corresponde a uma segunda e nova versão da marca alemã. Se as duas primeiras versões correspondiam a um mesmo modelo mas participante em provas distintas e correspondentes ao desenvolvimento expresso pelo preparador Schnitzer, o agora chegado demarca-se dos dois primeiros por se tratar de um modelo distinto, apesar da próxima aparência entre ambos. Foi a Sauber que desenvolveu esta nova versão e se mecânicamente surgiam algumas diferenças, em termos aerodinâmicos existem também pormenores distintivos.
 Este novo M1 representa a réplica do participante em Le Mans no ano de 1982. Estéticamente, este M1encontra-se muito interessante pela combinação de cores sustentadas nos principais sponsores "Olimpus" e "Crockford's".

 Analisemos comparativamente apenas duas das versões, uma vez que a terceira não deixa de ser uma repetição,apenas com a alteração da publicidade.
Existem sobretudo dois pormenores que poderão ressaltar à vista. São os casos dos guarda-lama traseiros e os ailron's. Quanto aos guarda-lama, é perceptível no modelo totalmente branco, observar-mos na secção frontal dos mesmos, tomadas de ar a toda a altura, enquanto a versão da Sauber se resume a  um progressivo disfarce até à porta, contemplando uma ténue tomada de ar em formato triangular. Na parte superior dos mesmos, a versão da Schnitzer detém grelhas de arejamento inexistentes na versão da Sauber.
 Os ailerons embora detendo a mesma superfície, divergem nas derivas verticais de sustentação da própria asa, sendo substancialmente maior no BMW branco.
Na parte superior do que corresponde ao capôt traseiro, ainda na versão branca existem igualmente um conjunto duplo de grelhas de arejamento da secção do motor.
Referir que o M1 agora chegado, contempla as características tomadas de gasolina existentes no modelos de Gr 4, nas pequenas janelas traseiras. Na versão Schnitzer, estas desapareceram.
 Em baixo, dá para perceber a divergência das formas do suporte do aileron.
As jantes serão outro dos factores a proporcionar um visual diferente. Ao invés dos característicos tampões, surge à vista o belo rendilhado a negro do centro das jantes BBS, a contrastar com a cromagem dos aros.
 Na parte frontal, os capôt's também se apresentam com algumas diferenças.
Na versão mais recente, existem duas lâminas longitudinais que vão da extremidade frontal até junto do pára-brisas. À laia de à parte, poderemos dizer que finalmente percebi o porquê da existência duns buraquinhos na parte superior das tampas dos faróis, que servem afinal nem mais nem menos, para fixar as lâminas agora chegadas na nova versão. Entre estas e a lateral limite dos guarda-lama, tanto num como noutro M1 existem grelhas de arejamento, mas distintas entre eles. Também no centro dos capôt's, na versão da Sauber há duas lâminas. A versão Schnitzer é totalmente livre surgindo num plano inferior uma placa totalmente negra.
 Nas traseiras que sendo totalmente iguais, poderemos ainda assim mencionar a existência de uns apêndices na parte superior dos guarda-lama, no modelo totalmente branco. O agora chegado encontra-se desprovido destas chapas de alumínio, apresentando-se completamente liso.
Deve-se chamar a atenção para o facto desta secção do mini-modelo se encontrar completamente errada, não correspondendo em nada à realidade. Esta versão não gastava os stop's originais e trata-se de um painel completamente liso duma extremidade à outra. Também gastava apenas um escape e não dois tal como representou a Sideways.


O que estará mal nesta nova reprodução?
A inexistência das dobradiças no cimo da capota
 A representação da tomada de ar lateral dos guarda-lama traseiros foi desenhada muito abaixo (provávelmente pensada para poderem futuramente editar outras versões), o que obrigou à representação do logo da "Crockford's" acima da mesma, quando esta deveria situar-se abaixo da entrada de ar.
Na imagem de baixo, dá para perceber o quão diferente é a traseira do modelo verdadeiro.
 As lâminas que existem no capôt da frente deveriam acabar em ângulo e na zona das tampas dos faróis e não interromper abruptamente nem tão no limite do mesmo. E se repararem, estas deveriam ter continuidade no spoiler frontal, mas a Sideways esqueceu-se.

 Os faróis que surgem integrados na grelha frontal, não deveriam encontrar-se no limite exterior. Entre o limite da grelha e estes, existem ainda no modelo real uns piscas. Estes foram esquecidos e o farol acabou por ocupar o lugar original dos mesmos. Note-se ainda que em Le Mans, este modelo usou faróis duplos, tal como se observa na última imagem deste artigo.
Também a tomada de ar que surge abaixo da grelha original do M1, encontra-se demasiado larga. Este deveria ser um pouco mais curta.
No entanto, estamos perante mais um belo exemplar trazido por este construtor que nos tem oferecido belíssimas obras.


Resistências Grupo C - GT Team Slot Clube / Guimarães Slot Clube

 Foi este sábado 14 de Junho, que as instalações do GT Team receberam os elementos deste clube e ainda do Guimarães Slot Clube, participantes na 3ª jornada do Campeonato de Resistência para modelos do Grupo C.
O traçado como habitualmente para este campeonato, foi o permanente e de fabrico Ninco, existente nestas instações.
Depois de uma manhã passada a treinar o traçado e a afinar as máquinas, a tarde começou com a prova de qualificação, uma verdadeira batalha entre duas das equipas da casa, já que a "ART Team" e o "Laranja Mecânica / GT Team", estabeleceram como melhor tempo, exactamente o mesmo registo. Recorreu-se por isso ao segundo melhor registo e aí os primeiros resolveram a contenda a seu favor. Seguiram-se-lhes GT Team ART, PM Slot Team e a fechar, o GSC.

 Alinharam-se os modelos na grelha de acordo com a escolha prévia da calha por parte das equipas e iniciou-se então a terceira resistência.
 Os pilotos concentraram-se para enfrentar as dificuldades que o andamento dos adversários impõem.
A primeira calha ditava a ART Team como os primeiros comandantes, impondo o Lancia à concorrência. Com menos 5 voltas classificava-se na segunda posição o Laranja Mecânica/GT Team, seguindo-se respectivamente, GT Team/ART, PM Slot Team e GSC. A equipa do GSC sentiu inúmeras dificuldades neste início de prova em dominar o seu Toyota, pois estranhamente tornara-se um modelo de difícil pilotagem.

Na segunda manga os comandantes asseguraram a posição mas houve troca para o segundo lugar, com o GT Team/ART a trocar de posto com o Laranja Mecânica/GT Team. As quarta e quinta posições mantiveram-se inalteradas, continuando o pilotos do GSC a sentir bastantes dificuldades na pilotagem de um Toyota que na pista do GSC na segunda jornada, todos surpreendeu com a sua rapidez.

A terceira calha viu a equipa do GT Team/ART a encurtar a diferença para a primeira posição, mas constituíu uma calha em que tudo se manteve inalterado no que respeita à classificação geral.

A quarta calha permitiu a ascensão da equipa Laranja Mecânica/GT Team assumir a liderança, embora a apenas uma volta de vantagem da ART Team e a quatro do GT Team/ART. A equipa PM Slot fazia registo de relevo mas o GSC parecia finalmente começar a entender-se com o difícil Toyota.

Na quinta calha, a equipa ART Team arrebata à Laranja Mecânica/GT Team a posição que até à calha anterior havia sido sua. A PM Slot embora tivesse mantido a posição, realizou um número de voltas assinalável, enquanto o GSC começava definitivamente a entrar no ritmo que lhes pertencia.

A sexta e última calha viu um turno de pilotagem por parte de Augusto Amorim notável e que haveria de valer com as suas 108 voltas à GT Team/ART, igualar-se à ART Team. Final inglório no entanto, pois a diferença de metros pendeu a favor dos adversários. O GT Team/ART Team acabaria por manter-se à frente do Laranja Mecânica/GT Team, ocupando o PM Slot Team a quarta posição e o GSC fechava a classificação geral com o quinto lugar.

Tabela com os registos totais da prova

 N o pódio, a boa disposição do costume e onde pela primeira vez o Lancia LC2 se impôs à armada de 962 da Porsche.
 Adversários na pista mas amigos no convívio e como sempre, lá estavam os David's e Paulo Mendes a impor a regra da boa disposição.
Mais uma bela jornada cumprida, rumando a caravana no dia 19 de Julho às instalações do Guimarães Slot Clube, onde se cumprirá o fecho deste interessante e disputado campeonato.
Então, até lá.....

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Sideways, os novos Porsche Grupo 5


A Sideways não descansa e apronta-se para dentro em breve atacar o mercado com novas versões sobre a base 935 da Porsche. Depois do lendário "Mobidyck", este fabricante debruça-se agora sobre outras e anteriores versões com a mesma base da Porsche. Menos espectaculares, mas fazendo parte da evolução deste carismático modelo alemão, a Sideways vai fazer-nos chegar as evoluções de um modelo que marcou o automobilismo e que chegou mesmo com a versão K3 a vencer a carismática prova de Le Mans.
 E estou certo, entra-se na guerra das novidades, já que se encontra igualmente prevista a chega do mesmo modelo por parte da rival Scaleauto. Compreende-se pois a natural necessidade de chegar primeiro às bancas do mercado.
 E quanto aos modelo, não poderemos desde já dar uma opinião positiva, uma vez que as imagens nos permitem apenas uma observação do que é ainda um protótipo, mas com a certeza de que quando nos chegar, não irão desiludir. Isto, a avaliar pelas anteriores reproduções deste fabricante. Réplicas de alto nível, é o que invariávelmente nos têm oferecido. Portanto, nada de inferior qualidade estará nas nossas expectativas.
 E pelo que se observa, ao nível das proporções tratam-se de modelos muito bem conseguidos, proporcionando ainda um visual enriquecido com o realismo proporcionado.
 Os moldes denotam ainda muitas imperfeições. Neste particular, acreditamos que não nos venham a encantar particularmente, como serão os casos das reproduções da Black Arrow ou Original Slot Car. Temos constactado que as últimas criações "Made In China" têm ficado uns furos valentes abaixo, relativamente às reproduções europeis. Sideways e Slot.It são casos bem flagrantes de como se tem vindo a perder qualidade ao nível dos moldes tanto das carroçarias como dos próprios chassis.
 Mas no geral e considerando também o capítulo dinâmico, situam-se em belíssimo nível. Apoiando-se em mecânicas sobejamente consagradas, serão um garante de rendimento dinâmico interessante. Podermos melhorá-los, sempre que optemos por bancadas Slot.It, podendo ainda fazer o upgrade de alto n ível e que consiste na montagem das suspensõe,s também elas oriundas da Slot.It.
 Mas sobretudo, farão o encanto do enorme número de apaixonados pelos modelos Porsche. Pode-se aqui ficar com a histórica evolução destes modelos à escala dos slot car. Afinal, uma das melhores escalas para o coleccionismo automóvel, sempre com a mais-valia de possuírem a capacidade dinâmica e proporcionar algum gozo no seu usufruto competitivo.
 Venham lá então quanto antes, estas belas réplicas de modelos que encheram os autódromos do mundo inteiro.